Texto #15

 Vivendo Conectado

Estamos em uma realidade nova, onde tudo se conecta  e todos fazemos partes de uma grande rede de pessoas. Há aqueles, porém, que vivem afastados, estão fora da tecnologia e das postagens. Mas estes, serão dados como "resistência" em um futuro não tão distante. Geralmente são da velha guarda, idosos e gente que simplesmente não entende mais como o mundo funciona ou não concordam com o rumo que está sendo levado. Poucos são os que pertencem a gerações recentes e se mantém afastados do mundo, mas talvez, existem bons motivos para tal isolamento.

Será que daqui a pouco viveremos em uma sociedade 100% conectada com tudo e todos, completando assim o ciclo da globalização? Afinal, em caso positivo, as redes sociais e a tecnologia serão os grandes protagonistas de nossas vidas, tornando-nos escravos delas. Se hoje o vício de algumas pessoas já está nas alturas, imaginem isso no decorrer dos anos. A vontade de ser (pseudo)famoso, de se tornar um influenciador, de ganhar visualizações e curtidas, mostrar a sua vida / carreira para os outros, crescerá mais e mais a um ponto pior do que já vemos. 

Provavelmente teremos uma série de gerações de pessoas frágeis psicologicamente e que nunca vão entender como é a vida na realidade. Acordar cedo, ter um emprego, estudar, se relacionar com pessoas de verdade. A melhor ideia mesmo é ficar dançando nas redes sociais e ganhar dinheiro com isso. É interessante ver o quão pouca importância é dada para este assunto, visto que muitos dizem que este é o futuro, e será inevitável o seu desfecho tecnológico. Ao que tudo indica, aquele filme da Disney, Wall-e, não é uma crítica social e sim uma premonição. 

O que hoje pode parecer só uma coisa normal, deixar uma criança assistindo vídeos na internet, e deixá-las fazer seus próprios vídeos, impedi-las de brincar na rua, se divertir, ser criança, será algo  assustador no futuro, quando a vontade de serem que não são, for maior do que a vontade de querer viver uma vida desconectada. Quando dermos conta disso, será tarde. 

Gabriel Fusaro, 17/11/2021